VIAGEM RECIFE A PESQUEIRA PEDALANDO 216 KMS
Essa viagem foi idealizada por mim há alguns anos atrás quando eu tinha 17 anos, caso eu fosse aprovado no vestibular, como eu passei ficou a dívida que só agora paguei.
Em 2009 eu resolvi pagar essa promessa e estando afastado das pedaladas comprei uma bicicleta de ferro(DNZ) de 20 quilos só que botei câmbio Shimano e achava que estava com a bicicleta certa pra essa viagem, a medida que descobri os grupos ciclísticos mais especificamente o meu querido APS, que conheci no passeio para arrecadar alimentos para as vítimas do Haiti e não saí mais; Outra coisa relacionada a esse projeto de viagem foi o meu chapelão de palha que comprei pensando no sol pra mim proteger na viagem, e como ia todo domingo com ele para o amado APS, logo fiquei conhecido como chapelão ou mexicano ou chapelão mexicano. quando comprei o capacete vi que o chapéu era bom pro sol, mas ruim aerodinamicamente pras velocidades maiores que comecei a desenvolver.
Nesse ano de 2011 resolvi concluir definitivamente esse projeto e em abril soube que havia um grupo que ia pedalando até Caruaru, a pessoa que estava organizando era Rosaly Almeida que todo ano faz um evento ciclístico chamado Pedalando Com Paixão que vai até Fazenda Nova em dois dias pedalando, e saíram da Abdias às 3 horas da manhã, eu saí as 3 e 40 e pedalei no vapor e em Vitória de Santo Antão acompanhei o grupo só que como não parei pra um pequeno descanso, aliado a falta de dormida, antes de Pombos não agüentei e desisti entrando no carro de apoio de Rosaly a qual não opôs nenhuma dificuldade, a qual sou agradecido até hoje, fui no carro até Gravatá e voltei num ônibus(olhar relato no blog).
Inclusive mudei o meu modo de pedalar em subidas graças ao meu amigo e maior mecânico de bicicletas do Recife, além de grande atleta internacional ciclístico de speed , Ernando da costa Borges o famoso “ET” dono da loja especializada em bicicletas OFFICE BIKE, ao qual no dia da mal fadada tentativa, me encontrou numa subida e me disse que estava errada a relação de marcha praquela subida e depois fui até sua loja e ele me explicou em detalhes dicas pra usar melhor as marchas em subidas e acredito que depois dessas dicas melhorei o meu pedalar em 50 ou 60% ao qual credito ao mestre ET ao qual muito agradeço.
Com essa desistência vi que precisava me preparar melhor em estrada, resolvi fazer laboratórios em BR especificamente na que eu iria viajar 232, e vi que o planejamento de uma grande pedalada em BR, nunca é como planejamos (quantidades de paradas, tempo em cada parada, subidas.... etc.).
Resolvi dar um passeio até Bonança com o grande ciclista e amigo Enrique Castelar , foi uma excelente pedalada (78 kms pedalados na boa).
O segundo laboratório em BR que fiz foi pra ir pedalando pra Pombos, ida e volta pedalando total 134 km(olhar relato no blog).
No último dia 20 de agosto de 2011, resolvi tentar mais uma vez pedalar Recife–Caruaru, no primeiro dia;saímos eu e o grande ciclista e amigo Enrique Castelar(a qual merece um agradecimento muito especial pelo apoio na primeira parte da viagem), precisamente às 5 e 40 da manhã, num dia de super sol de verão, com um super calor o que causa sempre um desgaste prematuro do ciclista.
Tomamos café em Bonança na tapiocaria vizinha a Brinel, não gostei!não recomendo essa parada!
Saímos de lá até Pombos parando no segundo posto de gasolina(Santo Antonio eu acho), água, gelo e lanche essa parada eu recomendo;
Um sol de lascar propício para uma praia, mas fazer o que ne? tem que subir a famigerada Serra Das Russas e ainda por cima no dia mais quente(ô sorte danada pra não dizer o contrário), conseguimos; mas é muito desgastante, gastei cerca de 50 minutos pedalando, mas detestei, outra vez só se for com chuva, pois é um verdadeiro forno; paradas para as fotos tradicionais na ponte e na entrada do túnel Cascavel(atual Plínio Pacheco), e fomos almoçar num excelente restaurante pouco depois da PRF, o Rainha da Pamonha, ótimo ambiente, self service com muitas opções no cardápio e paga por cabeça, não é no peso e ainda churrasco feito na chapa na hora, muito bom e não explora no preço, eu recomendo a parada.
Tivemos parada ainda em Bezerros pra comprar água e depois só em Caruaru onde ficamos hospedados no melhor hotel de lá com méritos o Village hotel com piscina, quartos espaçosos, TV por assinatura e LCD, além de aparelho de DVD nos quartos, o café da manhã um espetáculo, eu recomendo.
No outro dia infelizmente o meu grande amigo Enrique recebeu um telefonema que fez com que o mesmo tivesse que voltar as pressas pra Recife;
Segui viagem agora só, para finalizar o percurso pretendido com destino a Pesqueira, muitas e muitas subidas o que desgasta muito, aliás muitas subidas e longas são as subidas gangorras(sobe uma desce outra sobe uma...), parada pra uma água de coco em São Caetano num restaurante vizinho a PRF e mais subidas gangorras, a segunda parada foi em Belo Jardim para café e água de coco no posto Petrobras a esquerda da estrada, eu recomendo bom atendimento e surtimento;também em Belo Jardim em frente ao hotel Asa Branca, tem um posto de gasolina com banheiros limpos e uma boa lanchonete pra lanchar e repor líquidos.
Terceira e última parada foi em Sanharó para fotos e um pequeno descanso do sol(estava implacável) na praça da cidade, continuei o pedal agora a cerca de 13 kms de Pesqueira e tome subidas, uma parada final pras fotos já avistando Pesqueira a cerca ainda de 5kms, e finalmente a chegada com fotos na entrada da cidade, e depois fotos do famoso castelo de Pesqueira, catedral, prefeitura e palácio do bispo, e finalmente o mais interessante e com uma vista deslumbrante o cruzeiro (Santuário Nossa Senhora das Graças). Esse lugar, que fica no alto de um morro possui capela, santa na pedra, e um mirante, vista privilegiada e maravilhosa se pudesse ficaria o dia todo só curtindo o visual, quem puder visitar vale a pena.
Cumpri o que foi previsto e graças a DEUS foi tudo em paz, sem problemas mecânicos, muito pelo contrário uma grande bicicleta a Caloi Elite 2.7-2010 toda Deore Shimano uma delicia de pilotar, a melhor das melhores.
Conclusão:
Quando se chega ao fim da pedalada você pensa “nunca mais quero saber de estradas e suas subidas malditas e o sol inclemente torrando o juízo”, no entanto quando passa um dia e começamos a ver outros aspectos como por exemplo, você anda numa estrada a 100 km/h, velocidade máxima permitida e ainda achamos pouco, então quando estamos pedalando entre 10km/h numa subida filha da mãe e 22 a 30 kms numa reta pensamos que velocidade legal, quem dera a bike desse 100 km/h, e vemos que podemos conversar consigo próprio e só se ligar em chegar aonde queremos e deixarmos todo o resto pra trás, só esperamos vencer nossos limites e sempre vencemos dentro da limitação de cada um, e algo que fica naquela duvida haverá uma próxima?!...
